Uma Aventura no meio do Atlântico!
De 16 a 23 de Julho de 2010, o Grupo Explorador de Santo António, do Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo viveu com grande entusiasmo a sua Grande Aventura na Ilha de São Miguel, no Arquipélago dos Açores.
Integrados neste grupo participaram na iniciativa vinte e quatro Exploradores (jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos); uma Caminheira, três dirigentes, dois elementos do Conselho Permanente de Pais e três familiares.
Apostados em viver uma aventura próxima da Natureza escolheram como tema “Nómadas como Índios” e deambularam pela ilha, sem “poiso” definitivo.
Entre lagoas e picos, florestas e miradouros muitas foram as histórias que, com grande mestria e forte sotaque açoriano, lhe ouviram contar.
Assim foi na Lagoa do Canário, com os “colchões de musgo” e as suas reservas naturais de água, ou a existência de dez ilhas no arquipélago em tempos que já lá vão unidas posteriormente pelas constantes erupções vulcânicas...
No meio de todas estas histórias, lendas e descobertas, também contou a conhecida Lenda da Lagoa das Sete Cidades, da princesa das lágrimas azuis e do pastor das lágrimas verdes e quase misturava as dos exploradores, tal foi a emoção que a contou.
Passar da famosa caldeira da Lagoa das Sete Cidades, para a freguesia de Mosteiros, através do túnel de descarga escavado na rocha vulcânica foi outra das muitas aventuras vividas pelo Grupo Explorador de Santo António. Foram mil e duzentos metros de intensa escuridão e intimidante silêncio, apenas “rasgados” pela fraca luz das suas lanternas e pelo som do chapinhar constante das sapatilhas nas poças de água e lama.
No terceiro dia de permanência na Ilha de São Miguel tiveram oportunidade de observar o que para muitos é considerada a lagoa mais encantadora do Arquipélago dos Açores: a Lagoa do Fogo.
Antes de chegarem às Furnas, onde pernoitaram duas noites, ainda visitaram a conhecida fábrica de Chá da Gorreana e nadaram nas águas tépidas da Caldeira Velha.
Os dois dias nas Furnas foram aproveitados para visitar o Parque Terra Nostra e mergulhar nas suas águas termais, a Poça da Beija e a Lagoa das Furnas onde, também provaram o conhecido e saboroso cozido confeccionado, lentamente, enterrado na terra quente e o milho cozido nas águas fervilhantes das caldeiras naturais.
Uma caminhada pelo Trilho do Pico do Ferro, através de uma densa floresta, onde não faltaram as deslumbrantes criptomérias e as coloridas hortênsias levou-os das águas quentes da zona de Furnas, às águas frias do Oceano Atlântico, na praia das “areias negras” de Ribeira Quente.
Nesta caminhada de seis quilómetros serviram de “batedores” os simpáticos e atenciosos Exploradores do Agrupamento de Furnas, cuja passada e resistência física foi difícil de acompanhar, pelos continentais.
De descoberta em descoberta e de vivência em vivência chegaram a Vila Franca do Campo, onde os esperavam mais aventuras: uma viagem de barco até ao Ilhéu e um dia “sem” almoço.
Cada vez mais ricos em conhecimentos e em afectos regressaram felizes a sua casas onde recordam e comentam cada passo, dos que deram no meio do Oceano Atlântico, graças ao seu esforço e dedicação, na preparação desta Grande Aventura e também a todos os seus amigos que também colaboraram, para que tudo resultasse neste grande sucesso: Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, Câmaras Municipais de Abrantes, Ponta Delgada e Ribeira Grande, Casa do Povo de Fenais da Luz, Junta de Núcleo de Ponta Delgada e os Agrupamentos de Furnas e de Vila Franca do Campo, o Chefe Gustavo Frade actualmente a trabalhar em Ponta Delgada, o Sr. Engenheiro Jardim, da Fábrica de Tramagal da Mitsubishi, o Conselho Permanente de Pais do Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo e muitos, muitos outros.
No próximo ano, novas aventuras os esperam, neste maravilhoso tipo de vida “inventado” por Baden Powell, fundador do escutismo.
Lobo dos Mourões