Escuteiros do Rossio:
"Natividade ao vivo"
No dia 20 de dezembro de 2014 a Expedição de Santo António do Agrupamento de Escuteiros n.º 697 do Corpo Nacional de Escutas, de Rossio ao Sul do Tejo estabeleceram a ligação entre o Rossio ao Sul do Tejo (Nazaré) e a aldeia de Bicas (Belém) tal como o fizeram Maria e José, há mais de dois mil anos.
Os jovens escuteiros aproveitaram o ACAGRUP (Acampamento de Agrupamento) de Natal, para fazer da história do nascimento de Jesus, o seu próprio imaginário, para esta atividade.
Logo pela manhã, o burro que transportaria Maria a Belém (Bicas) recusou-se a transpor a linha do comboio, na passagem de nível, apesar de o semáforo estar verde. Uma hora perdeu o senhor João, caseiro da Quinta dos Plátanos de Coalhos, para o convencer a fazê-lo, o que deixou preocupada a Dra. Teresa, que logo telefonou a noticiar o sucedido.
Chegado à sede do Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo, logo "Maria" o montou o simpático burro e se puseram a caminho, pois por ordem de César Augusto, todos teriam de se recensear nas suas cidades de origem.
Reza a história que logo que chegaram a Belém, Maria deu à luz um filho chamado Emanuel, que quer dizer "Deus connosco", mais conhecido por Jesus!
Pelo caminho, passaram pelo Cabrito, pela Arrifana e por São Miguel muitas foram as pessoas, destes diferentes lugares, que se abeiraram do caminho para observar de perto, tão belo como inesperado cortejo.
Estavam felizes os escuteiros, por serem alvo de tanta admiração!
Foram perto de doze quilómetros que percorreram a pé, acompanhando Maria e José nesta caminhada até à antiga Escola das Bicas, onde montariam o seu acampamento para pernoitarem.
Logo que chegaram às Bicas dirigiram-se à igreja local, onde o Sr. Padre Américo Casado celebrou a Eucaristia, que também foi animada pelo "Grupo das Festas" e por escuteiros das quatro secções, que àquela hora já se tinham reunido nas Bicas.
Por coincidência a homilia também recaiu sobre a mesma história, por se celebrar o Advento, o que ainda reforçou mais este seu imaginário.
Como sempre a população desta pequena povoação, inserida na mesma Freguesia do Rossio ao Sul do Tejo, recebeu-os muito bem tentando que nada faltasse aos visitantes.
O dia de sábado terminou com um animado fogo de conselho, com as sempre engraçadas peças de teatro e ritmadas canções, que todos eles já sabem cor.
No domingo, depois de um almoço confecionado, em modo de cozinha selvagem regressaram a casa felizes e mais ricos, não só pelo imaginário vivido, mas também pela relação estabelecida entre todos desde os Lobitos aos Caminheiros.
Enquanto os mais novos regressaram nos transportes dos pais, os Pioneiros fizeram um raid orientado por coordenadas, passando por Tramagal.
Para fechar o dia com chave de ouro, nada melhor do que uma visita guiada, dos dirigentes, às instalações da sua futura sede, na Rua da Estação, propriedade da Fundação Estradas (obrigado a esta família, que muito tem feito pelo Rossio e em particular pelos nossos escuteiros) e onde outrora funcionou a Casa de São Miguel e , ainda, a notícia do quarto lugar, a nível nacional, do projeto do Clã de Rossio ao Sul do Tejo, no âmbito do Rover Ibérico. Parabéns aos caminheiros do Rossio e aos seus atuais dirigentes, os chefes Miguel Bruno e João Pombo.
Tudo parece estar bem encaminhado para que o Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo tenha um futuro risonho.
Pois que assim seja e eu estarei, como sempre a acompanhá-los, para que vos possa trazer sempre boas notícias destes simpáticos escuteiros.
Uma canhota firme e sentida deste vosso amigo, cada vez mais sorridente,
Lobo dos Mourões
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