“Quanta água, em tamanha seca!”
Oito varas, quatro bidões e meio rolo de sisal foram o suficiente, para que cada um dos cinco grupos de escuteiros, entre Exploradores, Pioneiros e Caminheiros se dedicasse, no fim-de-semana de 9, 10 e 11 de setembro à construção de meia dezena de jangadas.
O objetivo era descer o rio Tejo navegando desde a Pegop até ao cais do Aquapólis, em Rossio ao Sul do Tejo, onde nunca chegaram.
A aventura a que os Exploradores apelidaram de “AQUAJANG - 2011”, em referência ao Aquapólis e à descida em jangadas teve início na sexta-feira, pelas dezanove horas, com um raid de dez quilómetros, desde a sede do Agrupamento de Escuteiros n.º 697, em Rossio ao Sul do Tejo, até à quinta das Casas Brancas, na Central Termoelétrica do Pego, passando por Coalhos, por caminhos secundários de forma a evitar a perigosa estrada nacional n.º 118.
Foi uma atividade muito agradável e um bom pretexto para promover um acampamento de Agrupamento e nela participaram, para além dos Lobitos, Exploradores, Pioneiros, Caminheiros e respetivos dirigentes, o Senhor Padre Sebastião, Assistente do Agrupamento, que presidiu à eucaristia no sábado à noite e, ainda novos candidatos a dirigentes.
Não poderia ter corrido melhor esta integração, pois o envolvimento foi total e o resultado foi bastante positivo. Se dúvidas houvesse entre os novos candidatos estas dissiparam-se perante a relação e espírito de entreajuda estabelecidos entre todos os participantes.
Durante o dia de sábado os Lobitos caminharam seguindo o “rasto” dos Exploradores e dos Pioneiros e juntaram-se a estes, a tempo de experimentarem a resistência das jangadas fabricadas pelos seus irmãos mais velhos.
No domingo, ainda cedo, depois de tudo arrumado e carregado na carrinha da Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, partiram para o rio, para então encetarem a sua desejada descida, nas magníficas jangadas fabricadas na véspera.
Se na última vez, que desceram o rio, este não ajudou por falta de água, desta vez, com o açude do Aquapolis a água abundava, mas também não ajudava. Sem corrente e com o vento contrário as jangadas avançavam três metros e recuavam dois.
Mas ninguém desistiu!
Os familiares dos escuteiros envolvidos no “Aquajang 2011” esperaram e desesperaram no cais à hora marcada, para assistirem à chegada, mas nada!
"Que tamanha seca nos estão a dar!"- exclamou uma mãe mais impaciente.
Com os telemóveis desligados e, à cautela deixados nas mochilas, na carrinha de apoio, não havia contactos, pois a bateria do telemóvel do chefe também havia metido férias, depois de esgotada.
Passou uma hora, passaram duas… e depois três… e nada nem ninguém!
Os familiares viraram batedores e subiram as margens do Tejo em busca dos seus entes queridos.
Em conjunto puxaram as jangadas para a margem e “salvaram” os jovens escuteiros da canseira que seria terem de continuar a remar até ao cais de Rossio ao Sul do Tejo.
Foi uma atividade divertidíssima, que todos querem ver repetida no próximo ano, mas de preferência a partir da Barca do Pego, para poderem terminar a viagem!
Fica o agradecimento às firmas “Robert Bosh” e “Gercar” pelos bidões disponibilizados e à Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, pela cedência da sua Carrinha para os transportar.
Agora que tomaram o gosto pelas atividades aquáticas, a Expedição de Santo António prepara-se para se juntar aos seus irmãos marítimos de Belém, para novas aventuras no rio Tejo mas, agora, no seu estuário.
Uma canhota firme e sentida
Lobo dos Mourões
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