Mesmo na pontinha da Europa!
Foram muito boas e grandes as aventuras que os Exploradores do Agrupamento de Escuteiros n.º 697, de Rossio ao Sul do Tejo viveram ultimamente e muitas as amizades que recolheram, por onde passaram!
Nos últimos dois meses a Expedição de Santo António viajou pela Serra do Gerês, na Região do Minho, pela Serra de São Mamede, na Região do Alentejo, desceram o Rio Tejo, na Região do Ribatejo, em bonitas e seguras Jangadas construidas pelos seus elementos e, finalmente, já mesmo no limite do ano escuta de 2010/2011 navegaram à vela, ao sabor do vento, na Região da Estremadura na zona de Belém e também se maravilharam com as belezas naturais das arribas litorais e quase verticais, da costa portuguesa, num raid entre o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do Continente Europeu e a agradável Praia Grande, outrora frequentada por enormes dinossauros, como comprovam as muitas pegadas que ainda resistem na falésia "carimbadas".
Desta vez os jovens escuteiros "terrestres" conheceram os seus irmãos escuteiros "marítimos" do Agrupamento n.º 929 de Belém e desfrutaram de uma aventura completamente diferente de todas as outras anteriormente vividas: Viajar em barcos à vela no "alvoraçado" e agitado estuário do rio Tejo.
Por esta maravilhosa aventura os escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo ficar-lhes-ão "eternamente gratos".
A actividade teve o seu início na estação de Abrantes, de onde partiram de comboio até à estação de Santa Apolónia. Depois foi só "apanhar" um autocarro e um elétrico para que chegassem, finalmente, à Doca Seca de Belém onde, impacientemente, os escuteiros locais os aguardavam .
O chefe João Henriques, a quem todos chamavam "Tainha", o seu totem e o chefe Manuel Bustorff, o "Espada" receberam os escuteiros visitantes de uma forma tão simpática, que todos se sentiram como se estivessem a "jogar em casa".
Alojados na sua pequena sede, ali pernoitaram depois de alguns jogos que serviram de "quebra gelo". A noite foi agitada e o sono ainda tardou a chegar, tal foi a agitação emocional de cada um.
Na manhã seguinte, em conjunto, os Exploradores e os Moços prepararam as embarcações que utilizaram: três "scouts", um "raquero" e dois botes rápidos com motor, que garantiu a segurança de todo o grupo.
Depois de navegarem durante algum tempo e de terem observado, entre outros monumentos, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém de um ângulo diferente do habitual, de dentro para fora do rio divertiram-se com vários jogos propostos pelo chefe "Tainha".
Estes totens tornavam-se engraçados principalmente para quem os ouvia falar. Havia um "moço", escuteiro marítimo correspondente a um "explorador" nos escuteiros terrestres, que tinha por totem, "Peixe Palhaço". Então, nos diálogos estabelecidos entre eles, não era raro ouvir algum dizer, naturalmente e sem qualquer tipo de ofensa:
"- Olha aí palhaço!"
"- Puxa a retranca palhaço!"
Outra das atividades marcantes, deste fim de semana foi a eucaristia campal, que se realizou mesmo no meio de uma mata cerrada, no aconchego de uma sombrinhas acolhedoras de uns eucaliptos e presidida, de forma diferente e exemplar, pelo senhor padre Carlos Azevedo Mendes, que acompanhou e guiou durante todo o raid no último dia de atividades, os escuteiros demonstrando conhecimentos invulgares sobre a natureza, a fauna e a flora, da zona visitada.
A atividade terminou em Abrantes, já o sol se escondera há muito tempo, entre sorrisos e abraços dos familiares que os aguardavam passando, então, as saudades sentidas para os novos amigos de Belém. Mas com a certeza de uma promessa:
Voltar-nos-emos a encontrar, muito em breve, se Deus quiser, porque vontade de repetir a experiência não falta a cada um destes exploradores e moços.
Até lá fica uma canhota forte e sentida deste vosso amigo
Lobo dos Mourões
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