Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo:
“Todos em Madagascar”!
In Jornal "Terra a Terra" Agosto 2015
Com este imaginário, bem sugestivo e inspirado no filme “Madagascar”, a Alcateia 18 e a Expedição de Santo António, do Agrupamento de Escuteiros, nº 697, de Rossio ao Sul do Tejo vivenciaram as aventuras, próprias de um qualquer “Safari” africano.
Durante o ano escuta de 2014/2015 Lobitos e Exploradores pensaram, planificaram e organizaram esta viagem de sonho, procurando angariar os apoios e financiamentos necessários, para tão ousada viagem, que concretizaram entre os dias 17 e 22 de julho de 2015.
Já há muitos anos, que, aquando da escolha das grandes atividades, um dos dirigentes do “697” repisa: “Só não vamos à Lua se não quisermos. Só teremos de trabalhar para lá irmos, se for essa a nossa vontade!”.
O que é um facto, é que, os Exploradores deste Agrupamento arriscam sempre nestas suas escolhas, mas, com muito trabalho e empenhamento conseguem sempre alcançar os seus propósitos. Foi assim com a Serra da Estrela, a Serra do Gerês, com os Picos da Europa, os Açores, a Madeira e em tantos outros lugares que, um dia, ousaram escolher e conseguiram ter como pano de fundo, nas suas atividades de Verão.
Desta vez foram mais de 1200 quilómetros percorridos, por terras do Alentejo e Algarve, transportados em três carrinhas de dois dos mais representativos clubes desportivos de Rossio ao Sul do Tejo, que mais uma vez, solidários com os escuteiros, mostraram estar ao serviço da comunidade local, principalmente dos mais jovens, promovendo o seu desenvolvimento físico-motor, mas também nos domínios social, cultural e intelectual.
O União Desportiva Rossiense emprestou duas das suas carrinhas e o Clube Desportivo “Os Patos” a terceira e com elas os escuteiros viveram seis dias de descobertas e aventuras, que dificilmente repetirão. Até os Lémures arregalavam os olhos, quando os viam chegar. Foi assim no dia 17, no Monte Selvagem e, também, no dia 18, no Badoka Park.
Inspirados nos safaris africanos os jovens escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo puderam observar e até conviver com uma grande variedade de espécies animais, muitas das quais, já em perigo de extinção no seu habitat natural.
Distribuídos por três grupos, Águia, Barbo e Canguru, os jovens visitantes assistiram atentos a tudo o que lhes foi dado a conhecer: a alimentação dos lémures, as brincadeiras dos pequenos primatas do Madagáscar, os flamingos e as cegonhas, as enormes tartarugas africanas, os saltitantes cangurus, os lamas, os chimpanzés e os babuínos, as Aves de Rapina, etc. Um dos pontos mais altos destas visitas foi o Rafting Africano a bordo de barcos pneumáticos, depois de um passeio empoeirado e guiado pelo Badoka Safari Park, em cima do atrelado de um trator, que os conduziu por entre todo o tipo de animais: avestruzes, gamos, gnus, búfalos do Congo, girafas, zebras, dromedários, impalas… que se aproximavam dos visitantes sem qualquer temor ou pudor e lhes debicavam os metais dos cintos. Todos estes animais circulavam livre e tranquilamente pelo parque, apenas os tigres de Bengala, pelas suas características, estavam confinados ao espaço de uma jaula, embora de grandes dimensões e os primatas a uma ilha, no meio do parque.
Nas duas primeiras noites, os jovens escuteiros pernoitaram no Pavilhão Multiusos da Junta de Freguesia de Sines, o que permitiu visitar o Monte Selvagem e o Badoka Park.
No terceiro dia pernoitarem no Quartel da Associação de Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, para poderem visitar e conhecer o Forte da Ponta de Sagres, onde recordaram um pouco mais da história de Portugal e dos seus descobrimentos.
No quarto dia de viagem, partiram de novo para outras aventuras, mas para os lados do Parque Natural da Ria Formosa, mais propriamente, para a praia da Ilha do Farol.
Nesta zona foram acolhidos no Campo Escuta do Agrupamento de Escuteiros de Albufeira, onde pernoitaram duas noites, para também poderem usufruir, plenamente da visita ao Parque Temático e Aquático “Zoomarine”.
No sexto dia, fatigados, mas felizes, os vinte e seis aventureiros regressaram a Abrantes, onde chegaram depois das 23 horas, pois ainda passaram pela paradisíaca Praia Fluvial das Minas de São Domingos e pela imponente e incomparável Barragem do Alqueva.
Já em casa e com as saudades dominadas, chegou a vez do reconto à família, deste maravilhoso “Safari” e da respostas a todas as questões de sempre:
-E a comida? Estás mais gordinho!
-Pudera! Comi que nem um abade, graças à nossa cozinheira “Dade”!
A Dona Natividade Barrento (Dade), foi mais um dos muitos amigos que facilitaram a realização desta Grande Caçada/Aventura e a quem o Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo, muito tem a agradecer.
Uma canhota firme e sentida deste vosso amigo
Lobo dos Mourões
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