Sr. Padre Sebastião
no
Acampamento Eterno
Obrigado Senhor Padre por tudo o que nos ensinou e nos deu!
Até sempre!
Lobo dos Mourões (Chefe Américo Pereira) escreveu assim no jornal "Nova Aliança":
Padre Sebastião Fernandes
- Um amigo que partindo fica em nós!
Foi no passado dia 7 de abril, que o nosso amigo Padre Sebastião Fernandes partiu para o Paraíso.
Como é natural, a tristeza apoderou-se dos que o conheciam, mas, logo de seguida, deu lugar a uma estranha sensação de paz e “felicidade”, por o sabermos junto do Pai, para quem e por quem, sempre viveu.
Ficou-nos a certeza, por aquilo que mostrou ser e por tudo o que realizou, durante a sua passagem por este mundo, que Deus lhe dará a possibilidade de continuar a amar os outros, olhando por cada um de nós, esteja onde estiver!
No momento da despedida, uniu centenas de pessoas, católicos e não católicos, crentes e não crentes, oriundas de diferentes comunidades, incluindo as de Rossio ao Sul do Tejo, Pego, Arreciadas, Bicas e de São Miguel do Rio Torto, a quem, dedicadamente, serviu nos últimos 18 anos. Uma enchente, igual, também se pode registar na sua Terra Natal, Sobral do Campo, onde nasceu há 75 anos.
Perante as muitas movimentações e emoções observadas, quem não o tivesse conhecido em vida, poder-se-ia questionar:
“-Quem era este homem, que, na hora de partir, deixa crianças, jovens, homens, mulheres, novos, “velhos”… de lágrimas nos olhos?”
A resposta é simples: Este homem era Sebastião Fernandes, um homem bom, um dedicado sacerdote e um incondicional amigo, que, em vida, nunca abandonou ninguém, mas que sempre nos procurou e apoiou, o que, a partir de agora, com toda a certeza, também não deixará de o fazer!
A sua missão não terá terminado, só que, agora, mantê-la-á junto do Pai, olhando por cada uma das suas “princesas” e por cada um dos seus “ilustres senhores”!
As frases, que, sistematicamente repetia, por vezes até ao limite da paciência dos que as ouviam, principalmente dos que não as sentiam, ficaram gravadas na memória de cada um de nós e continuarão a ecoar, para nos ajudar na superação de cada adversidade ou dificuldade natural, desta vida.
Agora que partiu, recordamos muitas das expressões mais repetidas, pelo nosso Padre Sebastião: “…devemos transformar a dor, em amor, sempre, imediatamente e com alegria”.
Seguidor, confesso, do Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich, durante a “Grande Guerra”, o Senhor Padre Sebastião era apontado como um exemplo, no modo de assumir o primeiro ideal deste movimento: “Viver o amor recíproco”!
Como ele próprio nos afirmava “Eu nunca me enervo, nunca me zango, nunca discuto, nunca fico triste, nunca guardo rancor… porque confio tudo nas mãos do Senhor”.
Durante as suas homilias, quando partilhava as suas experiências de vida, recordava que, durante o seminário, inculcara, muita da teoria estudada, mas que fora no Movimento dos Focolares, que passara a vivê-la, com o coração e com devoção.
“Sinto todos os dias esta grande alegria de ser sacerdote, porque aprendi a viver o Evangelho!”
Na comunidade paroquial do Pego presidiu à sua última Eucaristia. Foi na Sexta-feira Santa e celebrava-se a Paixão do Senhor. Quis Deus que, tal como Jesus, também fosse a sua última ceia.
Com a sua morte várias iniciativas de âmbito social e cultural foram anuladas, mas o “seu” Movimento dos Focolares, manteve a normal reunião mensal. Por coincidência, ou não, a Palavra de Vida proposta para o mês de abril era a seguinte: “Fiz-me tudo para todos”!
Exatamente como o nosso padre...
Ele, que nada tinha, porque tudo dava, ainda conseguia dar-nos a palavra certa, no momento exato, em que dela mais precisávamos!
“Parabéns pelo que fazem!” – repetia-nos ele, na catequese, no coro, nos escuteiros, no rancho, na escola...
Bem-haja Senhor Padre Sebastião! Bem-haja grande amigo! Bem-haja por tudo! Continue connosco! “Somos um”!
Permita-me, como forma de concluir este modesto testemunho, que faça minha, uma das suas expressões mais emblemáticas e que a utilize em relação à sua passagem pelas nossas vidas:
“Foi uma bela experiência!”
Obrigado, pelo trabalho que fez por nós, “em nome de Jesus"!
Receba uma canhota firme e sentida, de eterna saudade, deste seu amigo, por si tornado “cronista” neste jornal.
Lobo dos Mourões
(in Jornal Nova Aliança de 17 de abril de 2015)
Como é natural, a tristeza apoderou-se dos que o conheciam, mas, logo de seguida, deu lugar a uma estranha sensação de paz e “felicidade”, por o sabermos junto do Pai, para quem e por quem, sempre viveu.
Ficou-nos a certeza, por aquilo que mostrou ser e por tudo o que realizou, durante a sua passagem por este mundo, que Deus lhe dará a possibilidade de continuar a amar os outros, olhando por cada um de nós, esteja onde estiver!
No momento da despedida, uniu centenas de pessoas, católicos e não católicos, crentes e não crentes, oriundas de diferentes comunidades, incluindo as de Rossio ao Sul do Tejo, Pego, Arreciadas, Bicas e de São Miguel do Rio Torto, a quem, dedicadamente, serviu nos últimos 18 anos. Uma enchente, igual, também se pode registar na sua Terra Natal, Sobral do Campo, onde nasceu há 75 anos.
Perante as muitas movimentações e emoções observadas, quem não o tivesse conhecido em vida, poder-se-ia questionar:
“-Quem era este homem, que, na hora de partir, deixa crianças, jovens, homens, mulheres, novos, “velhos”… de lágrimas nos olhos?”
A resposta é simples: Este homem era Sebastião Fernandes, um homem bom, um dedicado sacerdote e um incondicional amigo, que, em vida, nunca abandonou ninguém, mas que sempre nos procurou e apoiou, o que, a partir de agora, com toda a certeza, também não deixará de o fazer!
A sua missão não terá terminado, só que, agora, mantê-la-á junto do Pai, olhando por cada uma das suas “princesas” e por cada um dos seus “ilustres senhores”!
As frases, que, sistematicamente repetia, por vezes até ao limite da paciência dos que as ouviam, principalmente dos que não as sentiam, ficaram gravadas na memória de cada um de nós e continuarão a ecoar, para nos ajudar na superação de cada adversidade ou dificuldade natural, desta vida.
Agora que partiu, recordamos muitas das expressões mais repetidas, pelo nosso Padre Sebastião: “…devemos transformar a dor, em amor, sempre, imediatamente e com alegria”.
Seguidor, confesso, do Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich, durante a “Grande Guerra”, o Senhor Padre Sebastião era apontado como um exemplo, no modo de assumir o primeiro ideal deste movimento: “Viver o amor recíproco”!
Como ele próprio nos afirmava “Eu nunca me enervo, nunca me zango, nunca discuto, nunca fico triste, nunca guardo rancor… porque confio tudo nas mãos do Senhor”.
Durante as suas homilias, quando partilhava as suas experiências de vida, recordava que, durante o seminário, inculcara, muita da teoria estudada, mas que fora no Movimento dos Focolares, que passara a vivê-la, com o coração e com devoção.
“Sinto todos os dias esta grande alegria de ser sacerdote, porque aprendi a viver o Evangelho!”
Na comunidade paroquial do Pego presidiu à sua última Eucaristia. Foi na Sexta-feira Santa e celebrava-se a Paixão do Senhor. Quis Deus que, tal como Jesus, também fosse a sua última ceia.
Com a sua morte várias iniciativas de âmbito social e cultural foram anuladas, mas o “seu” Movimento dos Focolares, manteve a normal reunião mensal. Por coincidência, ou não, a Palavra de Vida proposta para o mês de abril era a seguinte: “Fiz-me tudo para todos”!
Exatamente como o nosso padre...
Ele, que nada tinha, porque tudo dava, ainda conseguia dar-nos a palavra certa, no momento exato, em que dela mais precisávamos!
“Parabéns pelo que fazem!” – repetia-nos ele, na catequese, no coro, nos escuteiros, no rancho, na escola...
Bem-haja Senhor Padre Sebastião! Bem-haja grande amigo! Bem-haja por tudo! Continue connosco! “Somos um”!
Permita-me, como forma de concluir este modesto testemunho, que faça minha, uma das suas expressões mais emblemáticas e que a utilize em relação à sua passagem pelas nossas vidas:
“Foi uma bela experiência!”
Obrigado, pelo trabalho que fez por nós, “em nome de Jesus"!
Receba uma canhota firme e sentida, de eterna saudade, deste seu amigo, por si tornado “cronista” neste jornal.
Lobo dos Mourões
(in Jornal Nova Aliança de 17 de abril de 2015)
1 comentário:
O Reverendo Padre Sebastião foi a melhor pessoa que conheci toda a munja vida. Foi meu Professor de Moral na Sertã, foi meu chefe nos escuteiros e com ele, conhecemos o Movimento dos Focolares, onde íamos todos os anos em grande grupo. O Senhor Padre Sebastião se sabia que tinha um problema batia à porta e escutava. O Senhor Padre Sebastião veio a Lisboa fazer o meu casamento.
Nunca vi o Senhor Padre Sebastião zangado, de mau humor, dizer não ou queixar-se. Para mim foi um Santo Homem e hoje, certamente, um Anjo no Céu. Obrigada por tudo o que me ajudou e me ensinou Padre Sebastião. Ana Maria Farinha
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