Expedição de Santo António:
Trilhando caminho!
Aproveitando a pausa letiva da Páscoa, a Expedição de Santo António, do Agrupamento n.º 697 do CNE, de Rossio ao Sul do Tejo viveu uma das mais empolgantes e emocionantes aventuras da sua história.
Se fazer uma peregrinação a pé até Fátima, já é, só por si, um desafio difícil, fazê-lo aos 10, 11 e 12 anos a situação ainda se torna mais incrível e se essa caminhada acontecer por caminhos alternativos, pelo meio da natureza, então parecerá quase impossível!
A Patrulha Mocho fê-lo e com muito êxito!
Oito Exploradores, acompanhados por três dirigentes escolheram viver uma Páscoa diferente encetando uma caminhada do Aquapólis Sul, em Rossio ao Sul do Tejo até ao Santuário de Fátima, pernoitando pelo caminho, em Tancos, na sede do Grupo Folclórico "Os Pescadores de Tancos", com o apoio da sua simpática direção; em Chancelaria, com o apoio do Agrupamento de Escuteiros local, em particular do Chefe Rui Ferreira e, finalmente, na última noite desta viagem, no Centro Pastoral "Paulo VI", com a intervenção do Assistente Padre Sebastião Fernandes.
Pelo caminho, o antigo dirigente e pai das dirigentes Lucília e "Jelly", da equipa de animação da Expedição de Santo António, o "Chefe" Silva tratou da alimentação viajando diariamente ao encontro dos pequenos "peregrinos", para lhes levar as refeições por si confecionadas.
O primeiro trilho utilizado foi o “Trilho do Tejo” que os levou até Santa Margarida, quase em linha reta e, depois de Tancos, após atravessarem o rio Tejo de barco e pernoitarem seguiram pelo Trilho da Água e, finalmente, seguiram as placas dos Caminhos de Santiago até ao seu destino evitando, deste modo, as sempre movimentadas e perigosas estradas nacionais e a famosa, interminável e cansativa subida do “Pafarrão”.
Foi uma viagem que envolveu várias emoções e as primeiras foram sentidas pelas chefes Lucília e Jelly, na passagem pela "Cabana junto ao rio" do Coronel Parra e que utilizaram várias vezes, quando ainda eram Exploradoras.
A publicação, no Facebook, de uma fotografia obtida "Na Cabana" pelos "peregrinos" gerou de imediato uma "avalanche" de comentários saudosistas, entre as quais sobre a mais comentada recordação de um imaginário, aqui vivido: "O Cerco de Mafeking".
Nesta época, mais ou menos em 2002, aproveitando uma noite escura, sem que ninguém desse conta, dezassete Exploradores da Expedição de Santo António entraram num acampamento de outro Agrupamento amigo e retiraram alguns materiais, como prova deste "feito". Estes utensílios foram depois devolvidos no dia seguinte, durante um jogo de vila, que eles próprios prepararam para os seus amigos "assaltados".
Mas esta é uma história de uma aventura do passado... Na presente aventura, na peregrinação a Fátima, a Expedição de Santo António recorreu às novas tecnologias, para que não fosse surpreendida e para não se desviasse muito da sua rota, o que nem sempre foi conseguido, mas que de forma rápida foi corrigido.
Chegados ao destino apresentaram-se a Nossa Senhora na Capelinha das Aparições e, em conjunto, com a Exploradora Sofia Gonçalves, nas explicações de cada uma das estações, visitaram a Via Sacra nos Valinhos até ao Calvário Húngaro.
Antes de deixarem o Santuário de Fátima, na segunda feira, ao meio do dia voltaram à Capelinha das Aparições, onde acenderam uma vela por todas as suas intenções.
Com os músculos "perros" e doridos, devido ao enorme esforço despendido, mas com um teimoso e largo sorriso na face proveniente de uma estranha felicidade, que por todos emerge, pela experiência vivida no ceio da Patrulha Mocho regressaram ao Rossio ao Sul do Tejo, prontos para muitas outras aventuras, que só a Expedição de Santo António lhes proporciona.
Tudo promete que mais aventuras virão e, como é evidente, eu lá estarei para vos poder relatar!
Até lá recebam uma canhota firme e sentida, deste vosso amigo, já em modo descanso!
Lobo dos Mourões
Eis uma "foto-síntese" possível:
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