Escuteiros do Rossio em Codes:
Três dias de "sobe e desce"!
Aproveitando a pausa letiva do Natal os Exploradores e Pioneiros do Agrupamento n.º 697 de Rossio ao Sul do Tejo partiram à aventura para Codes, uma simpática aldeia despovoada situada na “fronteira” do Concelho de Sardoal com os Concelhos de Abrantes e Vila de Rei.
Com as temperaturas a oscilarem drasticamente entre o dia e a noite optaram pelo aconchego dos quartos do Centro de Férias de Codes, amavelmente cedido para este efeito pela Junta de Freguesia local e pela Câmara Municipal do Sardoal.
Divididos em três grupos, duas patrulhas e uma equipa e com as cartas topográficas orientadas a Norte, os jovens escuteiros partiram do Sardoal, onde foram deixados pelos familiares, em busca do difícil caminho até ao local do acantonamento. Num Raid de mais de dez quilómetros, que foi iniciado depois do almoço e que só terminaria à luz das estrelas e das lanternas de bolso.
“Desorientados” por cartas que não acompanharam a expansão da rede viária percorreram caminhos, que ainda não existiam quando estas foram publicadas e caminharam o dobro do trajeto.
Vai à frente volta a trás, num sobe e desce constante entre elevações e vales de floresta densa lá conseguiram chegar ao seu destino.
As aventuras da caminhada foram motivo de conversas durante o resto da noite até o sono os vencer e convencer a refugiarem-se nos seus sacos cama, para usufruírem do descanso merecido.
No dia seguinte, ainda não completamente restabelecidos deste primeiro raid, quando o gelo ainda descongelava nas plantas, onde formavam lindas “estalactites” partiram de novo monte abaixo em direção à Ribeira de Codes. Daí desceram até ao Penedo Furado e, posteriormente, partiram monte a cima em direção ao Cristo Rei do Centro de Portugal, no picoto da Matagosa, onde o almoço “acenava” como um estímulo contra a fadiga.
Por todos estes caminhos e trilhos por onde passaram puderam observar a natureza harmoniosa, sem intervenção humana e, também, a outra, que é fruto da procura do lucro rápido e desenfreado.
Do alto do Cristo Rei, do Marco geodésico da Matagosa, avistando a Albufeira de Castelo de Bode situaram todas as povoações que avistavam na carta topográfica que transportavam.
No regresso a Codes tiveram oportunidade de reforçar a sua formação em orientação, sabiamente ministrada pelo Chefe Pyetra que também os acompanhou, aproveitando o dia de folga que guardara para o efeito.
Se na primeira noite os escuteiros tiveram oportunidade de visualizar um filme divertido para introdução ao imaginário escolhido para a atividade, na segunda noite dedicaram-se a uma reflexão espiritual partilhada, encadeada com alguns cânticos ao som das violas dos escuteiros Duarte, Filipe e Jéssica.
Rapidamente chegou o terceiro e último dia e com ele mais algumas aventuras. Cada patrulha e equipa dispunham de dez mensagens com enigmas que os levariam ao encontro da palavra “FELICIDADE”. Cada mensagem levou-os ao encontro de uma das letras desta palavra até que a formassem completamente.
Codes perdeu, momentaneamente a tranquilidade habitual. Saltitando de rua em rua (cerca de duas) e beco em beco os jovens escuteiros dedicaram-se a decifrar todos os enigmas e a procurar as respetivas mensagens.
Com o local igual ou melhor do que encontraram regressaram felizes a Rossio ao Sul do Tejo, com a certeza de um regresso, para breve, a este maravilhoso local, para viverem mais umas quantas aventuras.
Saboreando o pão que juntos amassaram e cozeram, sentino o agradável aquecimento da lareira, onde ardia a lenha recolhida durante o dia, com toda a certeza passaram em revista o ano de 2011. Para os Exploradores e Pioneiros do 697 foi um ano cheio de alegrias vividas nas múltiplas atividades e vivências em que participaram, num profícuo contacto com a "Mãe Natureza", com quem mantêm uma excelente relação e com quem se sentem bem!
Eu estarei lá para ver e viver cada um desses momentos.
Uma canhota firme e sentida, com votos de um Bom Ano Novo deste vosso amigo
Lobo dos Mourões
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