Em baixo: Tiago Sousa, Diogo Graça, Kevin Segessemen e Catarina Oliveira
No Cinquentenário do Agrupamento de Portalegre
No dia 7 de Agosto, depois de uma estadia de seis dias na cidade de Portalegre, no Acampamento do Cinquentenário, os oito Exploradores da Expedição de Santo António, do Agrupamento de Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo e a caminheira que os acompanhou regressaram à sua cidade, Abrantes.
Estavam felizes por mais esta participação, mesmo sabendo que muitos dos seus colegas já gozam umas merecidas férias, “salpicados” pelas águas salgadas do Oceano Atlântico.
A carrinha do Clube Desportivo “os Patos”, transporte utilizado nesta iniciativa, com a colaboração amiga da sua direção iniciou lentamente a marcha de regresso, por entre os acenos dos muitos amigos que por ali “fizeram”.
Este acampamento juntou perto de 200 escuteiros de todas as idades, oriundos de seis localidades diferentes (Castelo Branco, Chainça, Cebolais de Cima, Portalegre, Proença-a-Nova e Rossio ao Sul do Tejo) e ainda "trouxe" ao antigo Parque de Campismo desta cidade, agora abandonado, o Reverendíssimo Bispo de Portalegre e Castelo Branco D. Antonino Dias, também ele escuteiro há muitos anos, o Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas Carlos Alberto Pereira e o Coordenador da Região de Portalegre e Castelo Branco, o chefe José Mendes.
Aproveitando os quase cem quilómetros da viagem entre o local de acampamento e a cidade de Abrantes, os oito elementos da patrulha rossiense passaram em revista as atividades vivenciadas durante a semana, desde o dia 2 de agosto, terça-feira, ao dia 7, domingo. Das atividades desenvolvidas, os jovens escuteiros abordaram a dureza do raid, devido ao terreno acidentado da Serra de São Mamede e os erros cometidos no Jogo de Cidade, que os levou a deambular por muitas das ruas históricas de Portalegre e a admirar os seus monumentos e tapeçarias, que constituem o orgulho desta cidade.
-Mas nunca desistimos!- recordava altivo Diogo Graça, um dos escuteiros mais novos da sua patrulha.
No segundo dia de atividades a classificação da sua patrulha não era a mais favorável. Encontravam-se em último lugar e, pior ainda, com uma pontuação negativa!
Tinham começado mal, de uma forma muito displicente e, por esse motivo perderam muitos pontos, mas rapidamente a patrulha entendeu o erro e uniu esforços dando a volta por cima.
-Não tínhamos percebido o jogo, chefe!- justificou o João Morgado.
As “gémeas” Catarina e Sofia Oliveira destacaram o empenhamento da patrulha, nos dias seguintes, que fez com que subissem ao quarto lugar na classificação geral. -Foi uma boa recuperação... – pensava o Thalles em voz alta.
-Boa? Excelente! – frisou o Kevin Segessemen, um dos escuteiros mais divertidos deste acampamento.
Logo atrás da carrinha dos “Patos” seguia, cansada, mas feliz, a caminheira Isabel Pereira. Tinha sido a sua primeira actividade como responsável pelo grupo explorador de Rossio ao Sul do Tejo e que, no cômputo geral considerava a participação dos seus “pupilos”, muito positiva. Para além desta responsabilidade, ainda teve a seu cargo a animação do subcampo dos Exploradores, o que fez com distinção, segundo a opinião de quem assistiu à sua ação, entre gritos, canções e aclamações, muitas das quais de sua autoria. Uma das “manifestações” que ficou na memória de quem assistiu teve lugar na piscina, em que a alegria dos escuteiros envolveu todos quantos ali se encontravam, no alto da Serra de São Mamede.
-Os miúdos "cresceram" nesta atividade! –confidenciava ela orgulhosa recordando que aquela patrulha fora formada com os elementos mais novos das diferentes patrulhas da Expedição de Santo António.
O Tiago Sousa não conseguia afastar do pensamento o fogo de conselho, para muitos a melhor peça apresentada e onde fizera de Robin dos Bosques.
-As pessoas só repetiam o que nós dizíamos e cantavam connosco! –lembrava o Francisco, que no cinquentenário tinha assumido e bem, a função de guia de patrulha.
-Mas o Fogo de Conselho não foi pontuado, senão tínhamos ganho e subíamos na classificação geral! – concluiu o João Morgado, com uma expressão resignada.
De facto, um dos momentos altos da participação dos Exploradores do Agrupamento n.º 697 de Rossio ao Sul do Tejo tinha sido o fogo de conselho, com a apresentação da peça “ Robin dos Bosques ou uma canção?” e que integrava várias situações vividas no cinquentenário, que direta ou indiretamente recordava as atitudes de alguns dos dirigentes que com eles se relacionaram. Depois de apresentada no subcampo dos Exploradores, onde ganhou o direito a uma apresentação no Fogo de Conselho Geral, continuou a ser melhorada com diferentes pormenores.
O Tiago Sousa não conseguia afastar do pensamento o fogo de conselho, para muitos a melhor peça apresentada e onde fizera de Robin dos Bosques.
-As pessoas só repetiam o que nós dizíamos e cantavam connosco! –lembrava o Francisco, que no cinquentenário tinha assumido e bem, a função de guia de patrulha.
-Mas o Fogo de Conselho não foi pontuado, senão tínhamos ganho e subíamos na classificação geral! – concluiu o João Morgado, com uma expressão resignada.
Já em Rossio ao Sul do Tejo, à porta da sua sede, os familiares e amigos dos exploradores participantes também tiveram oportunidade de assistirem a uma última apresentação da peça apresentada no Fogo de Conselho.
Para trás ficou uma atividade muito animada e que denotou muito querer e empenhamento da parte de quem a organizou e preparou. Está de parabéns o Agrupamento n.º 142 de Portalegre, por ter ousado propor uma actividade desta dimensão que, infelizmente, também demonstrou, mais uma vez, as carências da Região de Portalegre e Castelo Branco, em termos de apoios organizacionais.
A postura humilde e dedicada dos dirigentes do Agrupamento de Portalegre poderia ser um bom exemplo a ser seguido por muita gente da nossa região. O etnocentrismo de alguns responsáveis pela região escutista de Portalegre e Castelo Branco não permite encontrar uma saída do beco onde nos encontramos há tempo demais.
Parabéns ao Agrupamento de Portalegre pelos cinquenta anos de vida e obrigado pelo convite e por nos considerarem vossos amigos.
Uma canhota firme e sentida deste vosso amigo a caminho do “tempo da preguiça”.
Lobo dos Mourões
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