Escapadinha dos Mourões:
Do "Mar de Abrantes" às orelhas do "Lobo"
No passado fim-de-semana, dias 15,16 e 17 de Maio de 2009, Rossio ao Sul do Tejo voltou a registar uma nova “cheia”, passados trinta anos, daquela que foi considerada a maior cheia do século XX.
No entanto, desta vez, não foi a água que transbordou do leito do Rio Tejo, mas sim os mais de 350 jovens escuteiros, com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos, que preencheram cantos e recantos desta simpática localidade do Concelho de Abrantes.
Comemorava-se o 170º aniversário da Freguesia local e o 26º do Agrupamento n.º 697 do Corpo Nacional de Escutas.
O apito do comboio da Beira Baixa, à chegada à Estação de Abrantes parecia marcar o início de uma das mais desejadas actividades escutistas da nossa região: a Escapadinha dos Mourões!
Com as mochilas às costas os jovens aventureiros chegavam em busca de “aventuras e caçadas cheias de emoções”! Era sexta-feira, dia 15 de Maio de 2009 e o Sol já descaía, melancolicamente em direcção à linha do horizonte. Oriundos de onze agrupamentos e de cinco regiões de Portugal: Guarda, Lisboa, Portalegre e Castelo-Branco, Santarém e Setúbal. Montaram as tendas junto ao Rio Tejo, no relvado macio e bem cuidado do Hipódromo dos Mourões, onde adormeceram sob o olhar atento da Lua, reflectida no tranquilo Espelho de Água, do “Mar de Abrantes”.
O Sábado chegou cedo, mas levantar da “colchonete” sempre foi mais fácil do que levantar da cama… em tempo de aulas!
Depois do pequeno-almoço, os Lobitos passaram a ponte a pé até às Barreiras do Tejo, seguindo para a praia fluvial de Abrantes, enquanto os Exploradores se subdividiam em dois grupos. Metade partiu da paliçada da recuperada e bonita “Fonte dos Touros”, num dos barcos dos bombeiros Municipais de Abrantes, em direcção à foz da Ribeira de Coalhos em busca de novas aventuras.
Na falta de golfinhos, as "taínhas" lá os iam imitando saltando aqui e acolá, como que tentando espreitar os sorridentes marinheiros, enquanto o barco deslizava num vai e vem contínuo.
Com as mochilas às costas os jovens aventureiros chegavam em busca de “aventuras e caçadas cheias de emoções”! Era sexta-feira, dia 15 de Maio de 2009 e o Sol já descaía, melancolicamente em direcção à linha do horizonte. Oriundos de onze agrupamentos e de cinco regiões de Portugal: Guarda, Lisboa, Portalegre e Castelo-Branco, Santarém e Setúbal. Montaram as tendas junto ao Rio Tejo, no relvado macio e bem cuidado do Hipódromo dos Mourões, onde adormeceram sob o olhar atento da Lua, reflectida no tranquilo Espelho de Água, do “Mar de Abrantes”.
O Sábado chegou cedo, mas levantar da “colchonete” sempre foi mais fácil do que levantar da cama… em tempo de aulas!
Depois do pequeno-almoço, os Lobitos passaram a ponte a pé até às Barreiras do Tejo, seguindo para a praia fluvial de Abrantes, enquanto os Exploradores se subdividiam em dois grupos. Metade partiu da paliçada da recuperada e bonita “Fonte dos Touros”, num dos barcos dos bombeiros Municipais de Abrantes, em direcção à foz da Ribeira de Coalhos em busca de novas aventuras.
Na falta de golfinhos, as "taínhas" lá os iam imitando saltando aqui e acolá, como que tentando espreitar os sorridentes marinheiros, enquanto o barco deslizava num vai e vem contínuo.
O segundo grupo seguiu o mesmo percurso, mas em sentido inverso seguindo para o Kartódromo de Abrantes, passando por vários desafios pontuados, até chegarem àquele que foi a gota de água que fez transbordar o copo do regozijo: Duas voltas à pista conduzindo um dos pequenos e ainda mais irrequietos “bólides”! Não é coisa que se faça todos os dias!
Seguindo o traço vermelho impresso na carta topográfica, os pequenos escuteiros foram conquistando terreno e pontos, experimentando diferentes sensações no decorrer dos jogos, que lhes foram sendo apresentados nos postos intermédios.
O Mar de Abrantes, esse perdera a serenidade habitual, rasgada pelo forte alarido de felicidade provocado por centena e meia de crianças que, jogando e brincando na areia projectavam as suas vozes até à margem dominada pelos Mourões.
Para estes, regressar ao Hipódromo dos Mourões sentados no fundo do barco dos bombeiros, enquanto envergavam um colete salva vidas foi motivo mais do que suficiente, para exibir toda a sua “dentição de leite” tal como o fazia o herói do imaginário da VI Escapadinha dos Mourões: o “Marinheiro Dentolas”.
A tarde terminou na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição onde os aguardava o conhecido “Lobo”, um cão vadio que nunca falta a uma cerimónia religiosa. Deitado junto ao altar só mexe as orelhas virando-as para a origem de cada som, como que tentando não perder pitada de cada uma das mensagens do Assistente do Agrupamento, o Sr. Padre Sebastião.
A eucaristia decorreu normalmente e apesar da enchente causada todos souberam respeitar este momento solene.
A noite fechou com o Fogo de Conselho, com as suas habituais peripécias e a participação descontraída dos muitos visitantes.
O Domingo chegou depressa e, com ele, mais um dia de actividades: o “Jogo de Cidade”.
Desta vez ficaram pelas ruas do Rossio ao Sul do Tejo palmilhando-as de lés-a-lés procurando conhecer melhor esta simpática freguesia urbana que os acolheu.
Como que reconhecendo a importância desta iniciativa, na cerimónia de encerramento IV Escapadinha dos Mourões marcou presença a Dra. Isilda Jana, Vereadora do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Abrantes. No primeiro dia, na Cerimónia de Abertura já tinham estado o Dr. Manuel Jorge Valamatos, Vereador do Desporto e a Dra. Céu Albuquerque, Vereadora do Ambiente. Sempre presente esteve o Senhor Luís Valamatos, Presidente da Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo e um grande apoiante desta iniciativa do Agrupamento de Escuteiros n.º 697 de Rossio ao Sul do Tejo.
De forma discreta foram muitos os outros amigos que passaram pela Escapadinha dos Mourões, num gesto simpático e amigo que todos registaram com satisfação.
Pouco discretos estiveram os Pioneiros e Caminheiros do Agrupamento anfitrião, assim como a Comissão de Pais, que muito se fizeram notar por tudo o que fizeram, para engrandecer a VI Escapadinha dos Mourões.
A pouco e pouco, os escuteiros de Alcanhões, Azeitão, Boidobra, Entroncamento, Estoril, Rossio ao Sul do Tejo, Santa Margarida, São João da Ribeira, Tomar, Tramagal e Várzea foram abandonando o Hipódromo dos Mourões entre beijos e abraços, que já revelavam algumas saudades e deixavam a certeza do regresso no próximo ano. Até aqueles que perderão o direito a participar na próxima edição, por passarem aos Pioneiros prometeram tentar não crescer e assim poderem regressar.
Nós por cá os esperaremos, para aproveitar “a oportunidade da verdadeira amizade”: a Escapadinha dos Mourões!
Uma canhota firme e sentida para todos deste vosso amigo
Lobo dos Mourões
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