Escuteiros de Rossio ao Sul do Tejo:
Entre a Terra e o Céu...
...nos Picos da Vontade!
No passado dia 23 de Julho, a Expedição de Santo António, do Agrupamento de Escuteiros n.º 697, de Rossio ao Sul do Tejo regressou, de mais uma das suas Grandes Aventuras de Verão e, tal como um dia alguém escreveu, com a sensação de terem passado pelo reino encantado da camurça e da águia, encontrado a felicidade do Céu e da Terra, passado horas de admiração, emoção, sonho e inesquecível fascinação, adorando Deus nas suas obras como Supremo Artífice, em locais onde a natureza, parece um templo.
Foi o culminar de um projeto delicado e arrojado deste grupo que, apesar da “crise”, que diariamente os envolve, permitiu, com grande vontade, persistência e dedicação a consecução de mais este objetivo, provando que tudo é possível, quando se luta por algo na vida, pois a vontade ajuda a superar qualquer barreira ou dificuldades.
Como diria Fernando Pessoa: “ Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.”
Nenhum destes destemidos Exploradores viajou à “boleia”. Todos trabalharam afincadamente, em prol do grupo e conseguiram “carimbar” o direito a ocupar um lugar, que lhes permitisse observar as maravilhosas paisagens deste mítico lugar, de longos desfiladeiros, caminhando por trilhos estreitos e adversos de pedras soltas, entre a escarpa e o abismo...
Nenhum deles esquecerá, também, as noites animadas de Cangas de Onis, onde o animador das festas se rendeu à experiência da “nossa” Rita do “Sacha River”, do Aquapólis Sul que, naturalmente arrastou naturais e turistas para coreografias coletivas e divertidas, ou da destreza do João, que rapidamente aprendeu a colocar a garrafa de sidra em cima da cabeça e a projetar o seu líquido para o copo, colocado a mais de um metro de distância, ao nível do joelho.
O facto de viajarem em carrinhas de nove lugares, conduzidas pelos dirigentes e caminheiro que os acompanharam, Américo, Flávio, Crisalda e Pedro possibilitou o ajustamento constante de itinerários e visitas a locais, que não estavam contemplados na planificação inicial.
Os dezassete jovens escuteiros das três patrulhas participantes, Falcão, Mocho e Raposa chegaram ao final desta atividade esgotados, mas recompensados do seu esforço. Por certo ficou-lhes na retina, as paisagens deslumbrantes de uma Natureza impar com dois lagos a mil e cem metros de altura; da passagem, a custo, com as carrinhas, por entre as pachorrentas vacas, que por ali se habituaram a pastar livremente e o Santuário de Covadonga com a sua capelinha edificada numa reentrância da encosta escarpada do Monte Auseva, onde também se encontra sepultado o histórico herói Asturiano, Dom Pelayo.
O raide até Bulnes e o regresso no Funicular foram, talvez, os dois momentos mais altos desta Grande Aventura. Mas, esta escolha será sempre muito difícil, pela relação próxima com a sensibilidade de cada um.
As experiências vividas em contacto com a realidade cultural dos habitantes das localidades visitadas e a própria organização da atividade, durante os cinco dias que durou foram excelentes suportes no reforço do conhecimento para todos estes escuteiros.
Para a Expedição de Santo António, habituada a estas andanças e aventuras, ainda soube a pouco.
“-Ir à Ilha de Brownsea fica caro?”- questionou a Margarida na viagem de regresso.
“-Pronto! Lá voltamos nós ao mesmo!” – pensou o Chefe Américo fingindo não ouvir tal sugestão.
Bem, mas se eles lá forem, eu não faltarei! Fica prometido: inglês aprenderei e “many” ( muiteychenes”) aventuras vos contarei!
Resta agradecer a todos os que tornaram possível esta Grande Aventura da Expedição de Santo António, em particular às Juntas de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo e de São Miguel do Rio Torto, à Dra. Tereza Bueno, aos conjuntos Piano Vox e Xek-Mat, ao chefe António José Morgado, aos Encarregados de Educação dos Escuteiros envolvidos e a todos quantos, de alguma forma colaboraram neste sentido, a todos o nosso grande bem-haja.
Uma canhota firme e sentida deste vosso amigo